O dia-a-dia do cidadão é uma mescla do físico e virtual. Nesse contexto, nasce o "ciberativismo" - uma forma de mobilização social que utiliza a internet como meio de propagação. Hoje, o ativismo virtual revela-se importante instrumento da democracia. A liberdade e inclusão são fundamentais à democracia, a qual está em constante construção. A rede mundial de computadores pode exercer um viés transformador nesse sentido. A difusão imediata e ampla repercussão potencializa ações sociais sem excluir temas. A facilidade de acesso aproxima o cidadão da politica. O indivíduo presencia e tem possibilidade de participar de debates diariamente a partir de celulares, "tablets" e computadores. Embora discussões e diferentes óticas sobre determinado assunto revigorem a cidadania , a opção do anonimato pode esconder riscos. A falsa ideia de proteção encoraja muitos a expor sua opinião de forma violenta. Preconceitos, ofensas e injúrias aparecem frequentemente em páginas que lutam por causas sociais. Tal banalização do ciberativsmo é empecilho aos objetivos traçados pelos grupos. A modernidade acrescenta novos fatores à democracia, porém implica novos problemas. Muitos brasileiros ainda não contam com acesso à internet. É necessário ampliação de programas governamentais que visam a inclusão digital, com a construção de laboratórios de informática e oferecimento de cursos nessa área. Já atos violentos em paginas da rede devem ser coibidos, leis claras sobre o espaço virtual urgem. Sobretudo, os clamores da população - cibernéticos ou não - carecem de atenção do Estado.