A religião surgiu junto com a humanidade. Ao buscar respostas para as questões existenciais, o homem ligou-se ao divino. A história nos retrata que as primeiras civilizações do crescente fértil, à exceção dos hebreus, eram politeístas e viviam em guerras para demonstrar a supremacia de seus deuses. Muito tempo se passou e as religiões ainda se digladiam em busca de fieis, o que torna importante a discussão de até onde vai a liberdade religiosa.
O Cristianismo, sem dúvidas a religião de maior influência da atualidade, aportou em terras brasileiras no período pré-colonial, quando os portugueses trouxeram consigo catequistas que objetivavam converter mais pessoas ao Cristianismo. Em muitos momentos, à respeito da Santa Inquisição, a Igreja Católica, utilizou-se de métodos violentos para oprimir outras denominações religiosas e afirmar a supremacia Cristã.
A constituição garante a laicidade do Estado, ou seja, separação total entre governo e igreja. Isto é posto em cheque muitas vezes, pois boa parte dos órgãos públicos ostentam orgulhosos símbolos que remetem à um único dogma, em detrimento de outras vertentes religiosas, como as de matriz africana, que são tratadas com desdém e não possuem representatividade política.
Tem-se visto nos últimos tempo um desrespeito às religiões não dominantes, como forma de propagação de uma fé verdadeira, visto que termos como candomblé e macumba são tidos como ofensivos pela maior parte da população. A educação básica, onde são formados os cidadão, deve educar para a diversidade apoiada pelos gestores em suas esferas, pois assim, poderemos dignificar todas as condições humanas sejam elas de luz, amém ou de axé.