Refletir sobre os problemas mais expressivos da sociedade é dever de todo cidadão principalmente em relação a intolerância religiosa . O Brasil que possui uma pluralidade religiosa imensa tem visto com frequência nos veículos de informações casos onde a religião ou a falta dela está associada a conflitos entre alguns segmentos da sociedade.
Antes de tudo é preciso reconhecer o Estado brasileiro como laico desde a instauração da República , ou seja , o país deixou de ser vinculado à Igreja e a Constituição passou a permitir expressões de todos os tipos credos com exceção de Órgãos públicos . No entanto , recentemente , a frente evangélica em protesto a marcha LGBT , que encenou a crucificação de Cristo em sua marcha anual , fez uma oração no plenário federal burlando assim a lei.
É importante frisar que essa não é a primeira vez em que esses dois grupos tem batido de frente . Tudo indica que a onda de intolerância , antes muito presente na Europa, tem chegado com muita força ao Brasil tendo em vista o aumento nos casos de violência e injúria motivados pelo falso discurso de fé .
Dessa forma é conveniente lembrar também o recente caso de uma menina baiana que foi apedrejada ao sair de um culto candomblé onde os agressores carregavam uma bíblia na mão como forma de justificar a agressão . Tal realidade merece um olhar mais profundo do Ministério Público em relação a esses discursos de ódio proferidos por figuras públicas e políticos pois atingem um número maior de pessoas .
Em síntese , como proposta de intervenção mais viável , é importante manter a laicidade do Estado como forma de respeitar a todos , não favorecendo nenhuma religião . Porém é preciso implementar punições mais efetivas para combater a intolerância religiosa e aos agressores . Sendo assim , faz-se primordial a união da sociedade não com a finalidade de unificar as religiões , mas sim como forma de unir as pessoas em prol de uma sociedade mais justa .