O advento da reforma protestante, após o período de Idade Média, destruiu com a hegemonia do catolicismo existente no ocidente. Nesse contexto, o Brasil do século XXI possui uma população plural e adepta a vários tipos de religiões. Entretanto, o convívio desses cidadãos é marcado, muitas vezes, por uma notória intolerância de desrespeito a crenças alheias.
É necessário ressaltar, primeiramente, que desde a primeira constituição republicana o Brasil é um país laico. Sob essa perspectiva, o combate a perseguições de caráter religioso envolve duas questões: a ética e o direito de liberdade assegurado constitucionalmente. Dentro desse quadro, segundo o filosofo Paulo Freire, a educação é fundamental para mudar uma sociedade. De fato, um povo esclarecido possui uma tendência a aceitar e conviver com as diferenças do indivíduo.
Cabe analisar, também, que são inúmeras as formas de preconceito contra religiões. Nessa conjuntura, é essencial que o Poder Público adote medidas que inibam qualquer tipo de ato de violência contra o sentimento religioso. Dessa forma, os patrimônios imateriais e históricos também serão preservados uma vez que as religiões são grandes propulsoras de cultura para uma nação.
Fica claro, portanto, que o combate a intolerância se resume a dois fatores: educação e fiscalização. Por conseguinte, o governo tem o dever de criar um órgão especializado que tenha a função de penalizar atos de preconceito religioso. Concomitantemente, as escolas detêm o papel de, por meio de ações sociais e palestras, informar seus alunos acerca de todo o tipo de crença. Por fim, é de responsabilidade da família a formação de um indivíduo consciente das diferenças étnicas, comportamentais e religiosas existente em qualquer sociedade.