Com o avanço tecnológico, a redução da mortalidade geral e infantil, a diminuição das taxas de fecundidade e do aumento da expectativa de vida, estamos em uma transição demográfica, acarretando em uma população idosa ascendente. Entretanto, esse crescimento não é suficiente à conquista de espaços que lhes permitam uma velhice tranquila, saudável e, principalmente, adaptável às limitações que possam surgir nessa fase da vida.
Um dos problemas enfrentados pelo governo brasileiro frente às novas características da população são os gastos elevados com o pagamento da Previdência Social, pois segundo dados do IBGE a principal fonte de renda dos idosos de 60 anos ou mais é a aposentadoria ou a pensão, elevando-se para o grupo de 65 anos ou mais. Porém, essa renda, muitas vezes, não é suficiente para o idoso se sustentar, levando-o novamente ao mercado de trabalho.
Em decorrência disso, o grupo da “melhor idade” que já contribuiu para a economia do país se encontra novamente a busca de emprego, os quais não lhe oferecem condições especiais que a sua idade necessita, além do preconceito sofrido pelos mais jovens. Pois ainda há em nossa sociedade, aqueles crentes que o único respeito que o idoso necessita é apenas as vagas preferenciais em estacionamento, ônibus ou filas.
Além disso, a distribuição de remédios gratuitos deixa a desejar e não é o suficiente, pois falta um bom sistema de saúde que atenda esse grupo. Sendo assim, a ideia presente no Estatuto do Idoso, o qual assegura que é obrigação do Estado, garantir à pessoa idosa a proteção à vida e à saúde, mediante políticas sociais públicas que permitam um envelhecimento saudável e em condições de dignidade, não está sendo posta em prática.
Portanto, a parcela de nossa população mais experiente, necessita de apoio. Tendo em vista isso, cabe ao governo efetivação das políticas públicas existentes e à implementação de outras, como um apoio psicológico e melhor auxílio de renda; concerne à mídia e as ONG’s campanhas nos meios de comunicação e nas escolas, demonstrando o respeito que os idosos necessitam; e é papel do indivíduo a não disseminação de ideias preconceituosas e uma maior atenção para esse grupo.