Ao longo dos séculos, o conceito de beleza foi amplamente discutido por diversos filósofos. Apesar de não terem chegado a um consentimento acerca disso, é inevitável reconhecer que o padrão de beleza foi se modificando com o passar das gerações. Entretanto, ao invés de se tratar apenas de uma discussão, como realizada pelos intelectuais das eras passadas, vive-se hoje sob uma ditadura de beleza, em que as individualidades e singularidades de cada um são ignoradas e, até mesmo, ridicularizadas.
Possuidora de uma imensa influência na vida humana, as mídias são as mais presentes na formação de opinião. À medida que auxilia na desconstrução de alguns preconceitos, contribui para a instauração de outros. Associadas as indústrias e empresas que querem comercializar seus produtos, elas exibem filmes, propagandas e novelas que, mesmo de forma não explícita, passam ao espectador seu padrão de estética. A população, por sua vez, desejosa de igualar sua realidade a mostrada, gasta seus recurso em produtos que prometem esses resultados.
Além disso, algo ainda mais preocupante se revela na saúde física e mental dos indivíduos. Para não se sentirem excluídos e rejeitados pela sociedade e o que por ela é difundido, pessoas recorrem a qualquer método. A partir disso, surgem os diversos males provenientes dessa ditadura estética. Essas consequências vão desde o emocional, que desencadeiam doenças como depressão, até a física, que levam a anorexia, por exemplo.
Dessa forma, observa-se que na sociedade contemporânea ocorre uma padronização da beleza. Assim, faz-se necessário que o governo crie campanhas a favor da preservação das particularidades de cada um e torne obrigatória sua divulgação nas mídias. Não menos importante, que as instituições de ensino se juntem com as famílias e, juntas, promovem projetos, como palestras ministradas por psicólogos e nutricionistas, a fim de alertar e ajudar os alunos sobre as adversidades que essa ditadura estética pode ocasionar.