A partir do século XIX, a mulher conquistou diversos direitos: direito ao voto, à chefia de empresas e cargos públicos; licença maternidade, entre outros. O século XXI, porém, restringe a liberdade feminina e forma escravas da beleza. A contemporaneidade vive um massacre humano em que, por grande influência midiática, mulheres e meninas se moldam para encaixar-se em um inatingível padrão estético imposto pela sociedade.
Cerca de 80% das mulheres brasileiras não estão satisfeitas com seu próprio corpo e destas, segundo o IBGE, 60% acredita que estariam mais felizes se fizessem cirurgia plástica. Tal insatisfação induz mulheres a tomarem medidas desesperadas para alcançarem a estética perfeita: dietas, diminuição drástica de alimentação, exercícios inadequados e por fim, intervenção cirúrgica . A indústria da beleza mostra que a perfeição é possível de ser alcançada, pois todos os dias surgem novos produtos e tecnologias que permitem uma rápida e satisfatória adequação do corpo.
As intervenções cirúrgicas podem recuperar a autoestima, mas até qual ponto? O índice de cirurgias plásticas aumentou mundialmente na última década, mas o número de mulheres que procuram especialistas para tratarem de depressão estética (pós-cirúrgica) permaneceu constante, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os dados demonstram que enquadrar-se em um padrão não é o suficiente, que o rosto e o corpos bonitos para a sociedade, podem não satisfazer quem passa pelo processo de padronização.
A divulgação de propagandas e produtos "de beleza" é a principal motivadora da beleza idealizada. Nesse sentido, cabe às escolas o ensino de seus alunos para que possam discernir o que é difundido na mídia por meio de aulas de sociologia aplicada às questões de beleza ao longo dos séculos, para que em um futuro próximo, os esteriótipos sejam gradualmente descaracterizados.