Desde a Antiguidade Clássica até o século XXI, é visível que os padrões de beleza sofreram transformações de acordo ao contexto histórico-cultural da época. Valendo-se disso, o que se observa nos dias hodiernos é a fusão de interesses comerciais com a imposição de um modelo de estética, no qual faz surgir cada vez mais pessoas sendo "escravas da beleza". Logo, tal busca inatingível tornou-se uma grande problemática à ser enfrentada pelas esferas sociais e governamentais.
A partir da difusão global do capitalismo na década de 1990, a mídia adquiriu um grande poder de persuasão sob as pessoas. Uma vez que, as novelas, os programas e comerciais divulgados por esta ferramenta, impõe ao telespectador um estereótipo de beleza, firmados por modelos e atrizes geralmente altas, magras e de cabelos lisos. Diante disso, os indivíduos passaram a se sacrificar com dietas rígidas, busca por academiais e produtos que garantem rejuvenescimento e boa aparência.
Outro aspecto fruto desse impasse é a auto-rejeição crescente cada vez mais dentro das sociedades. Haja vista que devido a este fator, torna-se propício o desenvolvimento de doenças como: depressão, anorexia nervosa e bulimia. Dessa forma, a procura por seguir padrões estéticos não só geram efeitos físicos e psicológicos drásticos, mas também, em casos mais extremos, pode levar o indivíduo ao óbito.
Além disso, em um país que lidera na realização de cirurgias plásticas e na venda de produtos estéticos, é inquestionável a forte presença do setor comercial na influência humana. Tendo em vista que, o enfoque das propagandas de mercadorias deste tipo contribui ainda mais para a atual "era da ditadura da beleza". Enquanto que, o maior interesse de tais indústrias e comércios é aumentar os respectivos lucros.
Fica evidente, portanto, que é necessário a resolução deste emblema social. Para isto, o governo deve regularizar o impacto das imposições difundidas pela mídia e pelas propagandas, através de uma legislação que coíba a criação de padrões e elementos de influencia ao telespectador. Ademais, as instituições educativas e as famílias tem o papel de orientar os filhos e alunos desde a mais tenra idade por meio de palestras, que tratem acerca das diversidade de aparências, da valorização da auto estima e, sobretudo, da beleza interior. Assim, aos poucos a sociedade conseguirá eliminar os padrões estéticos.