Meses de estudos. Sacrificação de momentos de lazer. Muito tempo e dinheiro gasto. Tudo isso é feito pelos vestibulandos para serem aprovados. Após a entrada na tão sonhada universidade, ao invés de encontrarem uma recepção que promovesse a integração, se deparam com os perversos rituais de passagem realizados pelos veteranos.
Os trotes, temido entre a maioria dos calouros, permanecem até hoje e estão tonando-se cada vez mais violentos. Na origem, esse rito de passagem era diferente, cortava-se os cabelos e queimava-se as roupas dos estudantes para evitar a propagação de doenças. Atualmente, isso já não é mais necessário, graças aos avanços na saúde, e, em tese, passou a ter o objetivo de integrar esses novos alunos. No entanto, o que se observa é a realização de atitudes extremamente degradantes por parte dos veteranos.
Os calouros sofrem diversas ofensas, como serem chamados pelo pejorativo nome de “bixo”. Além de serem expostos a outras atividades desmoralizantes e até perigosas a vida. Houve a circulação pela mídia do caso de estudantes que foram atingidos por ácido práticas violentas. Desta forma, percebe-se que o trote se tornou apenas uma atividade ofensiva e prejudicial, não promovendo integração alguma.
Com esse cenário, portanto, é necessário que a diretoria e a coordenação das universidades punam mais veementemente atitudes ofensivas, utilizando até mesmo da expulsão imediata dos praticantes. Devem ainda aumentar a fiscalização pelos territórios das instituições, para que trotes sejam interrompidos antes mesmo da denúncia. Além da promoção de uma campanha educativa aos alunos a respeito do assunto, para que os calouros possam, de fato, sentirem-se acolhidos e seguros.